A Ferrovial continua a considerar Portugal "um mercado prioritário" mas não está muito optimista sobre grandes projectos de infraestruturas a curto prazo devido à situação macroeconómica do país, disse hoje o conselheiro delegado do grupo espanhol. "Não somos muito optimistas a curto prazo sobre grandes projectos de infra-estruturas em Portugal. A situação macroeconómica não ajuda a que Governo avance com estes projectos", disse à Lusa Iñigo Meirás. Apesar disso, afirmou, "Portugal sempre foi um mercado prioritário para nós e continuará a ser. Temos um escritório muito potente em Portugal, onde nos sentimos um actor local e continuaremos abertos a todas as oportunidades". Meirás falava à Lusa num encontro promovido pela Associação de Jornalistas Económicos (APIE) em Madrid. Questionado sobre os projectos para Portugal, Iñigo Meirás garantiu que a empresa continua interessada em projectos do TGV, tanto no concurso do troço entre Poceirão e Lisboa "como na ligação entre Lisboa e Porto". No que toca às auto-estradas e depois da mudança no regime das SCUT, Meirás explicou que a Ferrovial já tem uma "portagem real" no norte litoral e que "é previsível que passe a ter outra no Algarve" onde tem a concessão de outra auto-estrada. "Ainda não há decisão (do Governo) sobre esta auto-estrada mas acredito que mais cedo ou mais tarde haverá", afirmou. A Ferrovial está também interessada na privatização da ANA e no eventual projecto do novo aeroporto de Lisboa e não descarta pensar sobre uma possível participação na Via Verde, "ainda que essa possibilidade não tenha sido ainda colocada". Um dos grupos líderes em investimento em infra-estruturas de transporte -- com empresas nos sectores de serviços, construção, auto-estradas e aeroportos -- a Ferrovial tem em Portugal um dos seus principais mercados internacionais. 13 Janeiro 2011 | 11:22 Lusa |
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